quarta-feira, 30 de abril de 2008

NO TEU CORPO

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No teu corpo é que eu encontro
Depois do amor o descanso
E essa paz infinita.
No teu corpo minhas mãos
Se deslizam e se firmam
Numa curva mais bonita.
No teu corpo o meu momento
é mais perfeito
E eu sinto no seu peito
O meu coração a bater
E no meio desse abraço
É que eu me amasso
E me entrego prá você.
E continua a viagem
No meio desta paisagem
Onde tudo me fascina
E me deixo ser levado
Por um caminho encantado
Que a natureza me ensina
E embora eu já conheça bem
Os seus caminhos
E em pouco estou tragado
Pelos seus carinhos
Só me encontro se me perco
NO TEU CORPO
.
Roberto e Erasmo Carlos


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terça-feira, 29 de abril de 2008

DESEJO NOTURNO

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Irremissível nas tolices acoitadas
Morro nos feitiços de tuas novas,
Luas inteiras em meus pátios.
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Sem o charme de teu azul
Faço a parte indiscreta
Do teatro louco no palco da noite,
A beira do grito que o recipiente
Range ao sair do poço
.
Bebo a tua água no sangue.
Sombra de passos meus
No encolher fetal de tua língua
A ferir-me as costas ao tanger de estrelas
Que ocasiona o verbo de duas pedras brutas
no precipício de nossas adversidades tranqüilas.
.
Danço tua música com pés no chão
e olhos no teu insustentável padecer.
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É dia, é céu de nuvens claras
E celebro a escuridão de tuas veias
Pressas na fita isolante do meu desejo noturno.
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Eliane Alcântara
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sábado, 26 de abril de 2008

BEIJO ETERNO

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Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo
Ferve-me o sangue.
Acalma-o com teu beijo
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querido
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!
Fora, repouse em paz
Dormindo em calmo sono a calma natureza
Ou se debata, das tormentas presa
Beija inda mais
E, enquanto o brando calor
Sinto em meu peito de teu seio,
Nossas bocas febris se unam com o mesmo anseio,
Com o mesmo ardente amor!
Diz tua boca: ....Vem!
Inda mais! diz a minha,a soluçar...
Exclama
Todo o meu corpo que o teu corpo chama:
Morde também!Ai! morde!
que doce é a dor
Que me entra as carnes, e as tortura!
Beija mais! morde mais!
que eu morra de ventura,
Morto por teu amor!
Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e
aplaque o meu desejo!
Ferve-me o sangue:
acalma-o com teu beijo!
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querido!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!
.
Casto Alves
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quarta-feira, 23 de abril de 2008

POE'meu

Walmor Santos.
Escritor e poeta gaúcho, que tem nas palavras mensagens que sempre dizem algo a alguém
Este poema dele, disse muito para mim.
Dê uma espiadinha no blog dele:
Obrigada Walmor, por ter sido tão gentil e permitido que eu dividisse com que me lê este teu poema tão lindo.
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Aprecio tuas virtudes,
deprecio teus defeitos.

Tudo de ti bate em mim
bem à esquerda do peito.

Tão intenso bate que temo
ser teu ser imperfeito.

Walmor Santos

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domingo, 20 de abril de 2008

CANÇÃO DAS MULHERES

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Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais. Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco – em lugar de voltar logo à sua vida, não porque lá está a sua verdade mas talvez seu medo ou sua culpa.
Que se começo a chorar sem motivo depois de um dia daqueles, o outro não desconfie logo que é culpa dele, ou que não o amo mais.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo: “Olha que estou tendo muita paciência com você!”
Que se me entusiasmo por alguma coisa o outro não a diminua, nem me chame de ingênua, nem queira fechar essa porta necessária que se abre para mim, por mais tola que lhe pareça.
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que quando levanto de madrugada e ando pela casa, o outro não venha logo atrás de mim reclamando: “Mas que chateação essa sua mania, volta pra cama!”
Que se eu peço um segundo drinque no restaurante o outro não comente logo: “Pôxa, mais um?” Que se eu eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro – filho, amigo, amante, marido – não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
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Lya Luft
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quinta-feira, 17 de abril de 2008

DESCONTRUÇÕES

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Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela.
Esta imagem tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela "vende" de si mesma.
É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos.
Se esta pessoa for bem parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se deste amor, mais tarde, não será tão penoso.
Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo.
No final, sobreviverão as boas lembranças.
Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido:
a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real.
Desconstruindo Flávia, desconstruindo Gilson, desconstruindo Marcelo.
Milhares de pessoas estão vivendo seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão desconstruindo ilusões, tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico. Ok, é natural que, numa aproximação, a gente "venda" mais nossas qualidades que defeitos. Ninguém vai iniciar uma história dizendo:
muito prazer, eu sou arrogante, preguiçoso e cleptomaníaco.
Nada disso, é a hora de fazer charme. Mas isso é no começo.
Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente é, nossas gracinhas e nossas imperfeições.
Isso se formos honestos.
Os desonestos do amor são aqueles que fabricam idéias e atitudes, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali, atônito.
Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo para se desapaixonar.
É um sufoco.
Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de se deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia.
Significa encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação – e olha, talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa.
A gente resiste muito a aceitar que alguém que amamos não é, e nem nunca foi, especial.
Que sorte quando a gente sabe com quem está lidando:
mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé.
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Martha Medeiros
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terça-feira, 15 de abril de 2008

DEIXA QUE EU TE AME

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Deixa que eu te ame em silêncio
Não pergunte, não se explique,
deixe que nossas línguas se toquem, e as bocas
e a pele falem seus líquidos desejos.
Deixa que eu te ame sem palavras
a não ser aquelas que na lembrança ficarão
pulsando para sempre
como se o amor e a vida
fosse um discurso
de impronunciáveis emoções.
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Affonso Romano de Sant´Anna
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domingo, 13 de abril de 2008

LIMBO

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O vento que sopra na fresta da porta
Impede-me que te sonhe profundamente
Permaneço neste limbo
Onde Morfeu ainda não impera
Mas se detem suavemente
Sobre a orla das minhas pálpebras.
Como se o ópio se apoderasse de mim
Abro e fecho os olhos
muito lentamente
na esperança de te ver e não te ter
sentindo-te sem te ver.
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Madalena
(Blog Aliciante)
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quarta-feira, 9 de abril de 2008

DIFERENÇA

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Aquilo que é secreto
à tua beira
e longe de ti se torna
tão corrente
.
Aquilo que é vulgar
longe de ti
mas se estás perto
se torna tão diferente
.
Aquilo que é mistério
indecifrável
se te aproximas até à minha
cama
.
E que se torna
raivosamente instável
se por acaso não dizes que me amas
.
Aquilo que é segredo
se o não escutase a tua beira fica
desvairado
.
Maria Tereza Horta
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quinta-feira, 3 de abril de 2008

EXPLICAÇÃO DA PELE

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Por que a pele? - perguntou ele
porque - respondo incrédula -
é na pele que respira a poesia,
e que a chuva fria arrepia...
.
é na pele que o sol queima
e onde o sal do mar teima,
é na pele que se sente a vida,
e ele, pouco convencido:
sim amor, mas por que a pele?
.
porque é na pele que te amo,
te devoro sem enganp...
é na pele que o sonho vibra,
é lá que dói a batalha pedida!
.
porque é na pele, meu querido,
que faço minha, a tua vida...
me confundo em ti, amor
e me misturo no teu suor...
.
porque é na pele que sinto o teu beijo,
nela vive o quanto te desejo
.
porque é na pele, meu amor,
que escrevo as letras da vida!!!
.
Olivia Santos
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terça-feira, 1 de abril de 2008

ENCANTO

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Constatação de um sonho realizado
Beira as raias da estrondosa loucura
Eu cá, insana e eufórica a pensar em ti
E tu programando nossas aventuras
.
Minha mente flutua num mar de rosas
As quais nem eu mesma bloqueio
Teu sorriso, teu corpo e tua prosa
Encantam a mim e a meus devaneios
.
Uma realidade subversiva se constrói
A nenhum homem isso foi permitido viver
Nosso amor, ninguém no mundo destrói
Somos um elo onde o amor tem poder
.
Atados por estrelas e raios do sol da manhã
Meu corpo, sua pele, nossas belezas
Unidos pelo vento das nobres sereias
Nosso amor se supera a toda vida vã
.
Coracy
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