terça-feira, 21 de junho de 2011

COSTELA DE EVA


Detesto homem afoito, ou sem cuidado e espera.

Melhor o que se empolga e esquece, em mim, da vida,

Entende haver nos corpos cura e a despedida,
A glória, a derrocadam a paz que desespera.

.
Turvar-lhe o pensamento, abrir-lhe uma cratera,

Na mente, à exaustão! Depois dar-lhe a acolhida
Pequena concessão, quimera prometida,

Fazer de nós o ungento, o altar que o amor venera.

.

Há calma e descoberta, anseio curioso,

Centímetro de oferta, enlace temeroso,

Num átimo de fé, tortura e paraíso.

.
Difícil segurar, não permitir o espasmo!

Tão certo quanto o fim: teu riso e teu sarcasmo,

Mais justo conceder o osso sem juízo!
.

Lilían Maial
Photobucket