Irremissível nas tolices acoitadas
Morro nos feitiços de tuas novas,
Luas inteiras em meus pátios.
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Sem o charme de teu azul
Faço a parte indiscreta
Do teatro louco no palco da noite,
A beira do grito que o recipiente
Range ao sair do poço
.
Bebo a tua água no sangue.
Sombra de passos meus
No encolher fetal de tua língua
A ferir-me as costas ao tanger de estrelas
Que ocasiona o verbo de duas pedras brutas
no precipício de nossas adversidades tranqüilas.
.
Danço tua música com pés no chão
e olhos no teu insustentável padecer.
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É dia, é céu de nuvens claras
E celebro a escuridão de tuas veias
Pressas na fita isolante do meu desejo noturno.
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Eliane Alcântara
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