Não te fies no que escrevo,
não te julgues minha presa,
sou somente uma menina travessa,
rosa esperando (a)colhida,
a senhora da aparência.
Desnuda-me, pouco a pouco
e a cada pétala,
entranha-me em teus sentidos,
cor, textura e aroma reunidos
nesse desfolhar em plena primavera.
Lembra-te só que o prazer é meu vício,
como o éter balsâmico do vinho.
Tem cuidado enfim, com algum espinho.
Mas se me colheres com jeito e com graça,
se mostrares o bem-que-me-queres,
vou me deixar ficar em teus braços
e tal como as mulheres,
prazenteira, adornarei tua cama
a noite inteira.
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Ana Maria Ramiro
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Ana Maria Ramiro
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