Meu amado me diz
que sou como maçã
cortada ao meio.
As sementes eu tenho
é bem verdade.
E a simetria das curvas
Tive um certo rubor
na pele lisa
que não sei
se ainda tenho.
Mas se em abril floresce
a macieira
eu maçã feita
e pra lá de madura
ainda me desdobro
em brancas flores
cada vez que sua faca
me traspassa.
.
Marina Colasanti
3 comentários:
Fascinante analogia. Um poema muito sedutor. Linda imagem de faca e flores!
Parabéns!
Conhecendo teu blog, hoje, fiquei totalmente encantada com teus poemas (o jogo com as palavras, imagens...). Lindo! Parabéns!
Postar um comentário