quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

POEMA DE NATAL



Dorme um Deus-Menino entre etiquetas
e lá fora explodem rolhas de champanhe.
No gráfico de vendas se encapelam
as ondas da maré de mercancia.
Camuflado, barbas brancas, Papai Noel
executa promissórias de crediário.
A piedade vira embrulhos
neste Natal sem manjedouras.
Lá no fundo de seu quarto,
fumando o último cigarro,
Deus contempla os homens com infinita melancolia:
- Que fuzarca foram fazer logo no meu aniversário!

.
Luiz Coronel

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2 comentários:

Sylvia disse...

E verdade. Deus deve estar cocando a cabeca um milhao de vezes, pensando "Que diabo e isto?" Eu muitas vezes penso que sucederia se o mesmo acontecesse num destes paises ditos civilizados. Sera que alguem acolheria Jesus? O amor esta esquecido e o verdadeiro sentido do Natal esta esquecido. A grandeza das pessoas ve-se no tamanho da arvore e na riqueza dos presentes. Nao, Natal nao e isso. Eu prefiro o Natal dos pobres, sinceramente. Um Natal feliz para voce, com amor da Silvia e familia.

Anônimo disse...

Bom dia!!!
Se chovesse felicidade eu te desejaria uma tempestade.
Feliz Ano Novo.
Linda postagem.
Um beijo grande.