como se todo o tempo já tivesse transcorrido
— porque tudo passa, se tocamos,
vens com o teu bafio, o teu hálito, tua aura e teu roçar,
nessa tua onipresença, ora dentro, ora fora, tanto e toda em mim.
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(a medida do tempo é bem mais clara na ausência.)
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à margem de ti, me vejo rude. tosca. incompleta.
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(a medida do tempo é bem mais clara na ausência.)
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à margem de ti, me vejo rude. tosca. incompleta.
êxul de mim, naquilo em que mais me vejo.
e tão poucas são as coisas em que me percebo.
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mas vens.
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mas vens.
como a dizer de um capricho urdido adredemente,
um experimento, uma cilada,
aferindo-me com o teu esperômetro,
a medir meu quantum de permanência.
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(tola... como se coubesse a mim traçar novos rumos, trair-te, abandonar-te.)
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adentrar nos teus domínios — a mesma sensação sempre renovada,
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(tola... como se coubesse a mim traçar novos rumos, trair-te, abandonar-te.)
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adentrar nos teus domínios — a mesma sensação sempre renovada,
é como se chegar em país estrangeiro e lá encontrar pedaço de seu.
tudo compreender, nas múltiplas linguagens que me trazes à mesa.
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mágico momento, singular instante o desse encontro,
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mágico momento, singular instante o desse encontro,
em ti, eterna estrangeira e eterna cúmplice, conheço-te cada rua,
[cada rincão, qualquer espaço, à vista
primeira, como se antigos fossem os nossos abraços].
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(e tão antigos são os nossos abraços.)
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de verdade, não sei se sou eu que te esqueço,
[cada rincão, qualquer espaço, à vista
primeira, como se antigos fossem os nossos abraços].
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(e tão antigos são os nossos abraços.)
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de verdade, não sei se sou eu que te esqueço,
ou se és tu que me abandonas.
[mas sei que todo esquecimento
e abandono são efêmeros.
[mas sei que todo esquecimento
e abandono são efêmeros.
sei também que deve ser assim porque,
às vezes, me sufocas, não dás trégua, e eu,
bem o sei, por vezes faço igual.
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(o que seria dos encontros sem a saudade?)
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mas vens.
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(o que seria dos encontros sem a saudade?)
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mas vens.
e sabes como chegar.
em vão disfarças, porque é do teu querer que todo disfarce seja em vão.
pões uma venda na face, à guisa de ocultar-se. e ris.
e ris porque sabes que a mesma venda te serve por bandana, inútil cendal,
[máscara fugaz em que estampas:
sou eu. na linearidade em que te mostras,
[máscara fugaz em que estampas:
sou eu. na linearidade em que te mostras,
percebo-te em ondas. nas ondulações,
o teu linheiro percurso.
e caminho no teu seguro caminho.
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e os antigos abraços se renovam.
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e vens.
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e ficas.
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Antoniel Campos
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e os antigos abraços se renovam.
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e vens.
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e ficas.
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Antoniel Campos
Um comentário:
Belo texto , Sil... o/
Ahhh... claro que deixo vc reproduzir o meu post contra a pedofilia! Seria uma honra :)
Beijão
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