Trago, para teu deleite, as cores do nascer do sol
e o doce encanto dos leitos de relva.
Deita, amado, tua pele alva,
em contraste com o ardor rutilante do meu peito!
Pega, adorado, as gotas de orvalho,
e dá de beber ao devaneio,
e mata a tua sede de calmaria!
.
Estamos sozinhos, querido,
sem jogos, sem máscaras.
Frente a frente, nús.
Te assustas?
Não confias?
Então mergulha no amor de tantas eras,
que te amparo a queda e o medo!
.
Estamos na contramão do tempo.
Somos o que desejarmos ser.
Não me despertes da poesia,
pois a palavra é sólida e sofrida.
e nada é mais real do que a dor.
.
Lilian Maial
Nenhum comentário:
Postar um comentário