Rude amazona eu sou,
a que em teus sonhos vagueia,
a que procura teu sexo,
e sôfrega,
lambe teu ventre,
morde teu lábio e orelha,
qual indigitada serpente.
Sou bela, a meu modo,
fera fugidia morando no caos da tua mente.
Não tenho nome,
nem sombra ou mesmo dono,
sou apenas boca,
seio e coxas valentes,
(a te cavalgar noite após noite).
E sendo eu, assim tão amante,
espectro de fêmea liberta e ardente.
Por que insistes em tua vida deserta?
Por que recuas e me deixas ausente?
Por que, amado, despertas?
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Ana Maria Ramiro
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Ana Maria Ramiro
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