Pergunto-me se alguma vez saí de lá...
Do fascínio de caminhar lado a lado,
a minha mão na tua ausência,
os teus dedos no meu desejo.
A partilha enclausurada da ternura,
a inconcebível inexistência do tempo,
a prova da eternidade no baldio dos pensamentos,
fragmentos do nosso querer...
A forma patética, inconsistente,
das escapadelas, sob a enorme lua diluída,
as horas loucas, mergulhadas na abstracção
desta caminhada, em direcção a nada...
Só o vento sabe de que cor pintámos o Amor!
Lado a lado, gestos que se cruzam
na densidade de bifurcação da alma...
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AnaLimão
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AnaLimão
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