domingo, 18 de novembro de 2007

É O ÊXTASE LANGOROSO

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É o êxtase langoroso
É a fadiga amorosa
São todos os arrepios do bosque
Entre os abraços das brisas.
E para o lado das inquietas ramagens
Há um coro de pequenas vozes.
.
Oh fresco e frágil murmúrio
Tudo Chilreia e assusta
Assemelha-se ao doce grito
a aspirar da agitação da erva...
Dirias, sob um redemoinho d'água
Um surdo rolar de seixos.
.
A alma a lamentar-se
Nessa queixa dormente
É a nossa, não é?
É a minha, dize, é a tua,
d'onde se exala a humilde antifona
Tão baixinho, nesta noite morna?
.
Paulo Verlaine
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Um comentário:

O Profeta disse...

Fantástico poema...representa o teu sentir?


Bom domingo


Mágico beijo