Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma...Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
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Na tua boca sob a minha, ao meio,
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
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E em duas bocas uma língua..., - unidos,
E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
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Depois... - abre os teus olhos, meu amado!
Depois... - abre os teus olhos, meu amado!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!
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José Régio
José Régio
(adap.)
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