segunda-feira, 20 de julho de 2009

CADA VEZ A ÚLTIMA, CADA VEZ A PRIMEIRA


Como escrever paixão sem ser assim
Com o corpo nas palavras
Com os sentidos nos dedos
E os dedos sentindo
A paixão que fervilha dentro?
Como fazer amor sem ser assim
Como se cada vez fosse a última
E a última fosse a primeira
E o fogo ardesse dentro
Assim como arde na pele?
Como escrever amar sem ser assim?
Como escrever sem fazer amor?
Sem me entregar em cada poema
E dar-tos como me entrego
Incendiar as palavras
Como me incendeias o corpo
E arder no poema
Como ardo nos teus braços.
Como se cada poema fosse o último
E cada vez a primeira.
.
Encandescente

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3 comentários:

Sylvia disse...

Ai, gostei Fazer amor como um poema e escrever um poema como fazendo amor.

Branca disse...

Tô com saudade de fazer poemas, de fazer amor, tudo isso apaixonadamente.

bjos

lindo poema, como sempre.

Laguardia disse...

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