quarta-feira, 15 de julho de 2009

SE EU DE TI ME ESQUECER

Se eu de ti me esquecer, nem mais um riso
possam meus tristes lábios desprender;
para sempre abandone-me a esperança,
se eu de ti me esquecer.
.
Negue-me auras o ar, neguem-me os bosques
sombra amiga, em que possa adormecer,
não tenham para mim murmúrio as águas,
se eu de ti me esquecer.
.
Em minhas mãos em áspide se mude
no mesmo instante a flor, que eu for colher;
em fel a fonte a que chegar meus lábios,
se eu de ti me esquecer.
.
Em meu peregrinar jamais encontre
pobre albergue, onde possa me acolher;
por todos esquecido viva e morra,
se eu de ti me esquecer.
.
Se eu de ti me esquecer, nem uma lágrima
caia sobre o sepulcro, em que eu jazer;
de plaga em plaga, foragido vague,
se eu de ti me esquecer.
.
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães
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3 comentários:

Dilberto L. Rosa disse...

Vim pelo fascínio que sempre me despertaram as pernas belas de uma mulher... Gostei de teu avatar, de teu espaço bem cuidado e das pernas que encontrei por aqui: Poesia sempre estará no ar e caberá aos mais sensíveis coletá-la com luvas de pelica! Abração!

MARIQUITA disse...

Lindo Blog mucho gusto, desde Mexico lindo y aqui me tienes para lo que se te ofrezca.Besos

Celamar Maione disse...

Linda poesia....
quando a gente esquece durante um tempo o vazio toma conta da gente...